Linda McMahon, a conhecida ex-CEO da WWE, assumiu o cargo de Secretária de Educação com a missão de fechar o Departamento de Educação dos Estados Unidos, seguindo uma diretriz do presidente Donald Trump. Desde sua confirmação no Senado em março, McMahon tem trabalhado para desmantelar a agência, utilizando todos os poderes legais que tem à disposição. Isso inclui parcerias com outras agências para dividir as responsabilidades administrativas e uma redução significativa do número de funcionários, cerca de 50% a menos em relação à equipe anterior.
Um ano atrás, Trump elogiou McMahon ao nomeá-la, afirmando que sua experiência em liderança e seu conhecimento em educação e negócios a tornariam uma grande aliada na tarefa de devolver a educação aos estados. Ele destacou que a intenção era não apenas reduzir a burocracia, mas também melhorar a eficiência no setor educacional.
Desde então, McMahon fechou escritórios regionais que lidavam com denúncias de discriminação nas escolas e demitiu diversos funcionários do escritório de Auxílio Estudantil Federal, responsável por um portfólio de empréstimos estudantis que chega a 1,6 trilhões de dólares. Ela também busca transferir funções importantes, como a administração da Lei de Educação para Indivíduos com Deficiências, para outras agências parceiras.
As medidas têm gerado polêmica. Defensores da educação, como Randi Weingarten, presidente da American Federation of Teachers, criticam as mudanças, alertando que elas podem prejudicar alunos e impactar negativamente o futuro educacional do país. Weingarten afirma que o governo Trump está se afastando de suas responsabilidades em relação às crianças, e classifica a desativação do departamento como um abandono do futuro do país.
Por outro lado, defensores das reformas, como Neal McCluskey do Cato Institute, aplaudem a iniciativa de McMahon, argumentando que o governo federal não deveria ter um papel na educação e que a agência não apresenta resultados efetivos. McMahon defende que o sistema educacional deve funcionar de maneira mais eficiente e que o poder deve ser devolvido a quem está mais próximo das crianças, como pais e educadores locais. Continuando sua jornada, ela visita diversos estados para identificar e promover as melhores práticas educacionais.
Para que a mudança se concretize, a representante Virginia Foxx, do partido Republicano, observa que McMahon precisará trabalhar em conjunto com o Congresso. Foxx elogia os esforços da Secretária e acredita que as transformações estão revelando a ineficácia da atual estrutura do Departamento de Educação. No entanto, críticos, como o senador Andy Kim, afirmam que o governo deve proporcionar mais suporte e oportunidades aos alunos, em vez de retirar os recursos disponíveis. Kim classifica a abordagem de McMahon como irresponsável e destrutiva para o futuro educacional dos jovens americanos.