O filme O Agente Secreto, do diretor Kleber Mendonça Filho, estreou nos cinemas de Nova York no dia 26, com distribuição da Neon Rated. A produção foi bem recebida fora do Brasil, recebendo elogios de importantes veículos de comunicação, como o The New York Times e a revista Rolling Stone. A obra conquistou 100% de aprovação no site de avaliação Rotten Tomatoes, refletindo o reconhecimento da crítica até que uma avaliação negativa reduzisse esse índice para 99%.
Essa crítica desfavorável foi publicada em uma plataforma chamada Substack, onde o autor Edward Douglas atribuiu ao filme uma nota de 5,5 em uma escala de 10. Douglas, que tem um apreço pelo Brasil, expressou sua decepção com o filme, afirmando não compreender o seu sucesso, especialmente em comparação com outras produções apresentadas em Cannes. Ele comentou sobre a performance do ator Wagner Moura, que recebeu muitos elogios pela sua atuação. Para Douglas, a interpretação de Moura parecia passiva, contrastando com as opiniões de críticos que viram sua atuação como “estelar”, cheia de nuances e emoções.
Enquanto críticos elogiam Moura por sua habilidade de interpretar um personagem complexo, Douglas critica a presença de personagens que considera irrelevantes, como um sobrevivente do Holocausto interpretado por Udo Kier. Douglas conclui que o filme acaba por “desperdiçar seu tempo” sem contribuir de forma significativa para o desenvolvimento do protagonista, Marcelo.
Em relação à narrativa e ao ritmo do filme, The New Yorker considerou O Agente Secreto o trabalho mais bem-sucedido de Mendonça até o momento, destacando a ambientação que remete a Recife em 1977. Rolling Stone elogiou a forma como o filme brinca com as expectativas do público, começando com elementos típicos de thrillers políticos dos anos 70 e, em seguida, incorporando uma mistura de estilos que vai desde esquetes de terror até reflexões sobre a nostalgia do cinema. A obra promete ser uma experiência única e multifacetada no cinema contemporâneo.