Na noite de terça-feira, o Iris Cantor Theatre da NYU foi palco de um encontro entre grandes nomes da música. Clive Davis e Mark Ronson participaram de uma conversa especial após a exibição do documentário “Do You Remember”, onde compartilharam histórias sobre os artistas notáveis com quem trabalharam, incluindo ícones como Aretha Franklin e Adele.
Mark Ronson relembrou seu primeiro encontro com Adele, que na época tinha apenas 18 anos. Ele contou que ela costumava gravar de 17 a 25 takes de cada canção. Ronson explicou que, após cerca de quatorze tentativas, a voz de Adele ficava “particularmente afinada”, resultando no som único que todos reconhecemos. Em contraste, Aretha Franklin tinha uma abordagem diferente. Segundo Clive Davis, a Rainha do Soul costumava fazer apenas três tentativas por música.
Davis, que moderou a conversa de 45 minutos, destacou que Aretha Franklin, conhecida por seu talento excepcional, frequentemente improvisava durante as gravações. No entanto, essa liberdade criativa nem sempre beneficiava a melodia da canção. Quando ele mencionava que suas improvisações poderiam comprometer o potencial de um hit, Aretha estava pronta para voltar ao estúdio. Davis enfatizou que ela era a “profissional definitiva” em seu trabalho.
Ele também compartilhou uma anedota engraçada sobre um jantar que teve com Aretha na década de 80. Após um jantar tranquilo, uma garçonete trouxe uma conta de 2.700 dólares. Após revisar o valor, o maître retornou para informar que o pagamento era incorreto. Ele explicou que os quatro seguranças de Aretha estavam no bar durante toda a refeição, contribuindo para a alta conta.
Mark Ronson também falou sobre sua experiência com a falecida Amy Winehouse, a quem creditou por ajudá-lo a “se entregar” à música. Ele descreveu a energia criativa dela, que o inspirava e o ensinou que o trabalho que mais entusiasma é geralmente aquele que ressoa com o público.
O evento contou com a presença da mãe de Ronson, Ann Dexter-Jones, na plateia. Clive Davis a apresentou, ressaltando a importância da família na vida de um artista.