O jornal O Globo publicou, em 20 de novembro, um editorial e uma matéria sobre as dificuldades enfrentadas pelo Banco Master, ressaltando a diferença entre os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) e as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC). Além disso, ambos os textos destacam o papel da Superintendência Nacional de Previdência Complementar, conhecida como Previc.
O editorial explica que os fundos de previdência ligados ao funcionalismo público, que operam sob o RPPS, não estão sob a supervisão da Previc. Essa falta de supervisão é apontada como um espaço que pode permitir a influência política nas decisões financeiras desses fundos.
A reportagem complementa essa análise, esclarecendo que os fundos que investiram em Letras Financeiras do Banco Master são parte do sistema RPPS. Isso significa que eles seguem diferentes regulamentos em comparação com os fundos de pensão tradicionais (EFPC). Além das regras de governança, as diretrizes para investimento nesses dois tipos de entidades são distintas, sendo que a fiscalização é considerada mais rigorosa para as EFPC.
Após a divulgação de dados pelo Ministério da Previdência, a Previc afirmou que nenhum dos 256 fundos que estão sob sua supervisão investe em ativos do Banco Master. A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) também mencionou que suas associadas seguem padrões rigorosos de governança e controles internos, além de critérios rigorosos de alocação.
Por fim, a reportagem destaca que as EFPC têm um regime regulatório mais estrito e profissionais mais qualificados para realizar os investimentos. Em contrapartida, os RPPS, especialmente em municípios menores, enfrentam desafios na fiscalização e possuem uma qualificação técnica menor.