O cometa 3I/ATLAS está se afastando do Sistema Solar e está sendo monitorado de perto pela NASA, que conseguiu capturar imagens impressionantes do fenômeno. Descoberto em junho, este cometa tem se movido a cerca de 210.000 km/h e, em outubro, atingiu a sua aproximação máxima em relação a Marte e ao Sol.
A previsão é que o cometa esteja a sua menor distância em relação à Terra no dia 19 de dezembro, quando estará aproximadamente a 270 milhões de quilômetros de distância. Para se ter uma ideia, essa distância é cerca de duas vezes a que existe entre a Terra e o Sol.
Enquanto o cometa avança, a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) estão utilizando suas espaçonaves para coletar o máximo de imagens possível. Recentemente, as agências divulgaram novas fotos do 3I/ATLAS, que se tornou mais brilhante e ativo após sua passagem próxima ao Sol. O cometa está liberando grandes quantidades de gás e poeira no espaço, criando um espetáculo impressionante.
Na última quinta-feira, a NASA divulgou uma nova imagem capturada pelo Telescópio Espacial Hubble. Nela, um ponto branco brilhante no centro representa o núcleo do cometa e a coma, que é a camada de gás e poeira que envolve o corpo do cometa antes que se forme a cauda. As estrelas ao fundo aparecem como faixas, resultado da velocidade do cometa durante a captura da imagem.
Os cometas geralmente se tornam mais brilhantes à medida que se aproximam do Sol. Isso ocorre porque o calor faz com que o gelo em seu interior se transforme em gás, que é empurrado pela radiação solar, formando a cauda do cometa. O lado do cometa que está voltado para o Sol pode até mesmo apresentar explosões de gás e poeira.
A imagem mais recente do cometa foi feita no dia 30 de novembro, quando o Hubble estava a cerca de 286 milhões de quilômetros do 3I/ATLAS, um local bem mais próximo do que quando o telescópio conseguiu capturar a primeira imagem do cometa no final de julho. Naquela época, o cometa parecia apenas um borrão azul, permitindo aos cientistas estimar seu tamanho entre 440 metros e 5,6 quilômetros de largura, possivelmente fazendo dele o maior objeto interestelar já observado.