Trabalhadores do Sistema Petrobras aprovaram uma greve nacional que começará à zero hora de segunda-feira, dia 15. A decisão foi tomada após a categoria considerar insuficiente a contraproposta apresentada pela empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho. A informação foi divulgada pela Federação Única dos Petroleiros, a FUP, em uma declaração feita na quarta-feira, dia 10.
A nova proposta da Petrobras foi entregue na terça-feira, mas não trouxe avanços em pontos importantes que estavam sendo discutidos nas negociações. Durante as greves, é comum que os trabalhadores deixem equipes de contingência nas operações para minimizar impactos nas refinarias e plataformas de petróleo. Quando a duração da greve é curta, geralmente não aparecem grandes problemas na produção.
Uma fonte da Petrobras afirmou que a greve não deve representar riscos para as operações e a produção. Ela mencionou que a empresa utilizará um plano de contingência para manter suas atividades normais.
Entre os principais itens que os trabalhadores estão reivindicando está uma solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, o que é fundamental para aposentados e pensionistas. Além disso, os petroleiros pedem melhorias nas estruturas de cargos e salários e garantias para recomposição salarial, sem a aplicação de ajustes fiscais.
Com a rejeição da nova proposta, a FUP informou que os sindicatos notificarão a Petrobras sobre a paralisação na sexta-feira. A empresa, por sua vez, declarou que mantém um canal aberto para diálogo com as entidades sindicais e espera concluir o novo acordo em negociações.
A Petrobras reafirmou que respeita o direito dos trabalhadores de se manifestarem e que, se necessário, tomará medidas para garantir a continuidade de suas atividades. Segundo a fonte, a greve é uma estratégia de negociação, e a busca por um aumento real nos salários está dentro das expectativas da categoria.
A mobilização dos aposentados e pensionistas também está prevista. Eles realizarão uma vigília em frente ao Edifício Senado, sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, a partir desta quinta-feira. Este grupo se manterá ativo durante as negociações para pressionar por soluções relacionadas aos equacionamentos da Petros. Além disso, representantes dos petroleiros participarão de reuniões em Brasília para discutir essas questões com integrantes do governo.