A União das Associações Europeias de Futebol (UEFA) aplicou uma multa de 20 mil euros ao clube de futebol israelense Maccabi Tel Aviv. A punição foi imposta após os torcedores do clube terem entoado gritos racistas e antiárabes durante a partida da Liga Europa contra o Stuttgart, na Alemanha, em 11 de dezembro.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram os fãs do Maccabi cantando frases ofensivas, como “Não há escolas em Gaza porque não sobraram crianças” e “Morte aos árabes”. A UEFA confirmou que sua Comissão de Controle, Ética e Disciplina (CEDB) tomou a decisão da multa e também impôs uma proibição à venda de ingressos para o próximo jogo fora de casa do Maccabi em competições da UEFA, com um período de teste de dois anos devido ao comportamento inadequado dos torcedores.
Além da punição da UEFA, a polícia de Stuttgart iniciou uma investigação sobre o ocorrido. A força policial local informou que seis torcedores do Maccabi Tel Aviv foram temporariamente detidos antes da partida por estarem soltando fogos de artifício. Um jovem torcedor também está sendo investigado por ter feito um gesto com conotação nazista em direção aos policiais enquanto se dirigia ao estádio.
As autoridades estão apurando os cânticos considerados ofensivos e racistas, em colaboração com o Ministério Público. No jogo, o Stuttgart venceu o Maccabi Tel Aviv por 4 a 1, deixando o clube israelense com apenas um ponto após seis partidas na fase de grupos da Liga Europa.
Os torcedores do Maccabi Tel Aviv têm um histórico de comportamento violento e polêmico durante os jogos. Em novembro de 2024, após uma partida em Amsterdã contra o AFC Ajax, vídeos mostraram fãs do Maccabi gritando rimas antiárabes e destruindo bandeiras palestinas, o que gerou confrontos com moradores da cidade. Como resultado, o grupo de Segurança de Birmingham decidiu proibir a presença dos torcedores do Maccabi em um jogo contra o Aston Villa no mês passado.
Essas ações geraram críticas entre autoridades e comentaristas, incluindo o Primeiro-Ministro britânico, que se manifestou contra a decisão de proibição como sendo equivocada e contrária aos direitos de todos os torcedores.