quinta-feira, 13 de novembro de 2025
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Hapvida tem resultados fracos no 3T e JPMorgan rebaixa ação

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contato@sejanoticia.com EM 13 DE NOVEMBRO DE 2025, ÀS 10:30

A operadora de saúde Hapvida apresentou resultados financeiros que deixaram o mercado desapontado no terceiro trimestre deste ano. O lucro líquido da empresa foi de aproximadamente R$ 338 milhões, mas a expectativa era de um desempenho melhor.

A dívida líquida da Hapvida atingiu R$ 4,25 bilhões, um aumento de 3,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Isso gerou uma alavancagem, ou relação entre dívida e lucro operacional, de 1 vez. Esse índice teve um leve aumento de 0,01 vez em relação ao ano passado.

A sinistralidade, que indica a proporção de gastos com serviços de saúde em relação à receita, alcançou 75,2%, um incremento de 1,3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Esse aumento é atribuído ao uso mais intenso dos serviços e à abertura de novas unidades.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, conhecido como Ebitda ajustado recorrente, foi de R$ 613 milhões. Esse valor representa uma queda de 20% em relação ao trimestre anterior e ficou 27% abaixo da expectativa do mercado. A margem Ebitda ajustada foi de 7,9%, uma redução em comparação aos 10,7% que eram esperados.

Vários fatores contribuíram para esses resultados negativos. A maior proporção de sinistralidade na saúde levou a custos fixos mais altos, especialmente após a abertura de novas unidades hospitalares. Além disso, as despesas administrativas e de vendas também impactaram os lucros de forma negativa.

O fluxo de caixa livre foi negativo em R$ 234 milhões, e a empresa perdeu 24 mil beneficiários na região metropolitana de São Paulo, embora tenha um ganho consolidado de 13 mil. Esta situação aponta para uma concorrência intensa na área e problemas com a satisfação dos clientes após a implementação de novos sistemas.

A receita líquida da Hapvida cresceu 6% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 7,78 bilhões. No entanto, esse aumento ficou 1% abaixo do que o mercado esperava. O Ebitda ajustado de R$ 613 milhões representa uma queda de 20% na comparação anual e uma redução de 25% em relação às estimativas.

Além disso, a Hapvida registrou um prejuízo contábil de R$ 57 milhões. O MLR, que mede a sinistralidade, aumentou em 1,4 ponto percentual em relação ao ano anterior, e o crescimento do número de beneficiários foi abaixo do esperado, com apenas 13 mil novas vidas no plano.

As informações financeiras indicam um fluxo de caixa livre negativo após investimentos, e a dívida líquida se elevou para R$ 4,2 bilhões, resultando em uma alavancagem de 1,0 vez.

Os analistas do mercado, incluindo grandes bancos, revisaram suas projeções para a Hapvida. O BTG Pactual cortou suas estimativas de Ebitda para os próximos anos e reduziu o preço-alvo de recomendação. O JPMorgan também rebaixou suas expectativas e a recomendação de compra, citando a pressão competitiva e os desafios operacionais que a empresa enfrenta.

Enquanto a Hapvida tenta implementar melhorias operacionais e aumentar sua capacidade de atendimento, o cenário permanece desafiador com concorrentes como a Amil agindo de forma agressiva. A expectativa é que a recuperação da lucratividade leve tempo, com uma melhora gradual nas margens a partir do final do ano.

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