domingo, 07 de dezembro de 2025
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Contraparte naval ataca caças dos EUA por engano

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contato@sejanoticia.com EM 5 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 14:30

Um piloto da Marinha dos Estados Unidos relatou momentos de desespero ao ver seu avião sendo atingido por engano por um navio de guerra americano no Mar Vermelho. Esse incidente, ocorrido em dezembro de 2024, está sendo investigado, e os detalhes revelam que a equipe do navio confundiu dois caças F/A-18 Super Hornet com mísseis de cruzeiro lançados por rebeldes Houthi no Iémen.

No dia 22 de dezembro, apenas uma semana após a chegada da frota ao Mar Vermelho, o cruzador USS Gettysburg disparou mísseis superfície-ar contra os caças, resultando na destruição de um deles e a quase colisão com o segundo. O ataque também visou um terceiro avião, mas o disparo não foi feito. Os dois ocupantes do avião atingido conseguiram ejetar a tempo, antes da explosão do jato, que custava cerca de 60 milhões de dólares e pertence ao Esquadrão de Caça de Ataque 11, conhecido como “Red Rippers”.

Além do avião abatido, o piloto que escapou por pouco disse que, ao ver o míssil se aproximando, sua vida passou diante de seus olhos. Ele e o oficial de armas perceberam o ataque e decidiram ejetar apenas segundos antes do impacto. Em meio ao caos, outro míssil foi disparado em direção ao segundo caça. Os pilotos, percebendo a ameaça, tentaram manobras evasivas em vez de ejetar, e o míssil passou a poucos metros antes de se chocar com a água e explodir.

Testemunhas a bordo de um helicóptero da Marinha afirmaram que não houve aviso prévio sobre o tiro. A investigação apontou diversas falhas que contribuíram para o incidente, como problemas de planejamento e falhas nos sistemas de combate do Gettysburg. Além disso, a fadiga da equipe pode ter influenciado as decisões tomadas.

Nos primeiros meses da missão, a Marinha já havia identificado falhas significativas no sistema de interoperabilidade do Gettysburg, afetando sua capacidade de gerenciamento de rede, vigilância e coordenação de armamentos. Antes do incidente, o cruzador havia se separado de outras embarcações da frota para enfrentar mísseis e drones Houthi. Isso gerou confusão e levou os responsáveis a pensar erroneamente que a ameaça havia sido neutralizada.

O capitão do Gettysburg, devido a informações limitadas e decisões anteriores que não estavam sob seu controle, cometeu o erro de abrir fogo. A investigação concluiu que a decisão de disparar foi equivocada, levando a um dos incidentes de fogo amigo mais graves da história recente.

Este não foi o único incidente de fogo amigo da operação no Mar Vermelho, que já havia registrado outro caso em fevereiro de 2024, quando um navio de guerra alemão disparou contra um drone MQ-9 da Marinha dos EUA, mas o ataque não foi efetivo devido a uma falha no sistema de radar.

Este evento incidiu em uma série de contratempos enfrentados pela frota durante a missão no Oriente Médio, que também incluiu uma colisão entre o porta-aviões e um navio mercante em fevereiro, além da perda de dois outros caças F/A-18 devido a acidentes.

Em uma declaração pública, o Vice-Chefe das Operações Navais ressaltou o compromisso da Marinha em aprender com esses incidentes, enfatizando a importância de investir nas pessoas para garantir forças prontas para o combate.

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