domingo, 28 de dezembro de 2025
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Nasa registra sinal de 13 bilhões de anos e revela passado diferente

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contato@sejanoticia.com EM 28 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 04:36

A NASA fez uma descoberta surpreendente ao identificar um sinal luminoso que foi emitido há cerca de 13 bilhões de anos, em um período em que o Universo tinha apenas 730 milhões de anos. Com o uso do Telescópio Espacial James Webb (JWST), astrônomos confirmaram a existência da supernova mais antiga já registrada, ligada a um raro evento chamado estouro de raios gama. Essa descoberta sugere que o cosmos primitivo pode ter sido mais semelhante ao que vemos hoje do que se imaginava anteriormente.

O evento, denominado GRB 250314A, foi detectado em março de 2025 como um intenso estouro de raios gama, um dos fenômenos mais energéticos do Universo. Com as observações detalhadas do James Webb, os cientistas confirmaram que o sinal era resultado da explosão de uma estrela massiva que colapsou quando o Universo tinha apenas 5% da sua idade atual.

Os resultados dessa pesquisa foram publicados em dois artigos na revista científica Astronomy and Astrophysics Letters, liderados pelos pesquisadores Andrew Levan, da Universidade Radboud na Holanda, e Bertrand Cordier, do CEA Paris-Saclay na França. Andrew Levan destacou que somente o telescópio Webb poderia mostrar com clareza que a luz detectada vinha de uma supernova, confirmando o colapso de uma estrela massiva.

Antes dessa descoberta, o telescópio tinha registrado uma supernova que ocorreu cerca de 1,8 bilhão de anos após o Big Bang. A nova detecção ultrapassa esse recorde de forma significativa.

Uma das questões mais intrigantes sobre essa supernova não foi apenas sua idade, mas também suas características físicas. Astrônomos acreditavam que as estrelas da Era da Reionização, um período em que as primeiras galáxias começaram a brilhar, seriam quimicamente diferentes das estrelas atuais, possuindo menos elementos pesados. Entretanto, os dados coletados pelo James Webb mostraram que essa supernova é semelhante às supernovas modernas.

Nial Tanvir, professor da Universidade de Leicester e coautor do estudo, comentou que os cientistas foram surpreendidos ao ver que a supernova se assemelha às supernovas atuais. Essa descoberta sugere que estrelas massivas capazes de causar supernovas já existiam muito cedo na história do cosmos, desafiando modelos que previam um desenvolvimento mais lento e gradual.

Além disso, por estar associada a um estouro de raios gama de longa duração, essa supernova se torna ainda mais interessante para os cientistas. Os eventos de raios gama atuam como “faróis cósmicos”, permitindo que pesquisadores estudem estrelas individuais em galáxias muito distantes e tênues. Apenas algumas dezenas de eventos desse tipo foram registrados ocorrendo no primeiro bilhão de anos após o Big Bang, em mais de cinquenta anos de observações astronômicas.

Esta descoberta não apenas estabelece um novo marco na astronomia, mas também levanta questões importantes sobre a formação das primeiras estrelas, a produção de elementos químicos e a evolução das galáxias. A presença de supernovas que se assemelham às modernas em um estágio tão inicial do Universo sugere que os processos físicos fundamentais que moldaram o cosmos começaram muito antes do que se pensava anteriormente.

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