A tenista bielorrussa Aryna Sabalenka, atual número um do mundo, criticou a participação de mulheres transgênero em torneios da WTA, a Associação de Tênis Feminino. Durante uma entrevista no programa do apresentador britânico Piers Morgan, Sabalenka se posicionou sobre o assunto, dizendo que considera a situação “injusta”.
Ela destacou que, embora não tenha nada contra as atletas trans, acredita que elas possam ter vantagens em relação às mulheres que não passaram pela transição de gênero. Sabalenka mencionou que é difícil para uma mulher competir com atletas que têm uma biologia masculina, o que pode resultar em uma diferença significativa de força e desempenho no esporte.
A tenista bielorrussa expressou sua preocupação ao afirmar que muitas mulheres se dedicam intensamente ao esporte e, de repente, se veem enfrentando concorrentes com características biológicas que podem lhes oferecer uma vantagem competitiva. Com isso, Sabalenka deixou claro seu desapreço pela possibilidade de mulheres trans competirem no mesmo nível.
Além de sua declaração sobre a participação de mulheres trans, Sabalenka tem se preparado para um amistoso inusitado. No dia 28 de dezembro, ela enfrentará o australiano Nick Kyrgios em Dubai, uma reedição da famosa “batalha dos sexos”, que foi realizada pela primeira vez em 1973 entre Billie Jean King e Bobby Riggs.
Atualmente, a WTA permite a participação de mulheres trans em seus torneios, desde que cumpram algumas condições específicas. As mulheres trans que desejam competir precisam comprovar que seus níveis de testosterona estão abaixo de 2,5 nanomoles por litro durante pelo menos dois anos. Além disso, elas devem enviar uma declaração que ateste sua identidade de gênero como feminina ou não binária.
Apesar dessas regras, até o momento, nenhuma mulher trans está entre as líderes do circuito WTA. Uma das figuras emblemáticas do tênis trans foi Renée Richards, nascida Richard Raskind em 1934. Ela competiu na categoria masculina do US Open na década de 1950 antes de ter sua transição e subsequently competir no circuito feminino no final dos anos 1970 e início da década de 1980. Após se aposentar, Richards se dedicou a treinar outros atletas, incluindo Martina Navratilova.