A “superquarta” de 2025, que acontece no dia 10 de dezembro, é um dia importante para os mercados financeiros, pois trará decisões sobre as taxas de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Porém, espera-se que os resultados não gerem grandes surpresas.
Nos Estados Unidos, a expectativa é que o Federal Reserve, conhecido como Fed, anuncie um corte de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros. Essa queda é similar às decisões tomadas em setembro e outubro, o que levaria a taxa para uma faixa entre 3,5% e 3,75%. A divulgação da decisão acontecerá às 16h, horário de Brasília, com uma coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, marcada para 16h30.
No Brasil, o Banco Central (BC) deve manter a taxa Selic em 15%, onde se encontra desde junho. Essa decisão é respaldada por sinais mais conservadores vindos do presidente do BC, Gabriel Galípolo. O resultado e o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) serão divulgados às 18h30.
Após os anúncios, as atenções se voltarão para as declarações das autoridades monetárias. Nos EUA, o tom e as informações trazidas por Powell poderão influenciar as expectativas para a próxima reunião, que ocorrerá no final de janeiro de 2026. Existe a possibilidade de que o ciclo de cortes de juros seja interrompido.
No Brasil, as comunicações do Copom deverão ser analisadas cuidadosamente, pois elas podem oferecer pistas sobre possíveis mudanças nas taxas de juros em 2026. Atualmente, o mercado mostra uma tendência de que os cortes possam ocorrer em março na segunda reunião do Copom do próximo ano. Antes, havia expectativa de uma redução em janeiro.
Recentemente, o presidente do BC destacou que a economia apresenta sinais mistos, o que justifica uma postura cautelosa da instituição. A última ata do Copom confirmou a crença de que a taxa atual é adequada para manter a inflação dentro da meta estabelecida.
Uma pesquisa revelou que entre os economistas consultados, muitos estão divididos sobre o momento ideal para um possível corte nos juros. A maioria acredita que a redução pode acontecer em março, com algumas apostas também para janeiro e abril.
Na cena internacional, os dados econômicos dos EUA têm reforçado as expectativas de um corte na taxa de juros pelo Fed, que não eram tão altas há duas semanas. Informações recentes indicaram um leve aumento nas vagas de emprego, embora as contratações permaneçam lentas. No setor privado, um relatório mostrou um crescimento nas novas vagas de trabalho.
Outros dados, como um leve aumento nos gastos do consumidor e uma melhora no sentimento do consumidor, também contribuem para o cenário atual.
Além disso, o próximo ano promete mudanças no comando do Fed, já que o mandato de Jerome Powell termina em maio. O presidente dos EUA pode indicar um novo presidente para o Fed no início do ano, o que pode impactar a programação da instituição.
As decisões e comunicados de ambos os bancos centrais serão aguardados com atenção, já que têm implicações diretas na economia tanto dos EUA quanto do Brasil.